quarta-feira, 30 de outubro de 2013



Depois de alguns meses de ausência, hoje o blog volta a ter novidades :P

No seguimento dos últimos artigos do blog sobre o dual boot de Windows com Linux, hoje vou explicar como se pode montar automaticamente as partições NTFS (sistema de ficheiros do Windows) no Linux.
Podem estar a questionar-se qual a utilidade disto? É extremamente útil ter duas partições no computador, uma para o sistema operativo e outra para dados e algumas aplicações. Se apenas tivéssemos uma partição com SO e dados, caso acontecesse um catástrofe, diga-se que no Windows não é muito difícil de acontecer, perderíamos para além do SO que facilmente se recupera, os nossos dados (documentos, fotos, vídeos, etc) que já não são tão fáceis de recuperar, mas isto não quer dizer que mesmo com duas partições os dados não sejam perdidos. É recomendado ter sempre cópias dos dados guardadas noutro lugar, ou pelo menos da informação mais importante.

Em tempos fui obrigado a utilizar o Windows devido a trabalhos académicos, como este SO não reconhece linearmente os sistemas de ficheiros o Linux, tive formatar a partição de dados como uma partição NTFS. Na altura tinha dual boot no PC com Windows e Linux e de forma a não estar duplicar informação, o que iria dar uma trabalheira enorme, porque teria de gravar os dados para dois lados, a melhor solução era utilizar a mesma partição de dados no Windows e no Linux.
O Linux reconhece o NTFS sem problemas, mas vamos automatizar essa operação para não termos de estar sempre a ir manualmente montar a partição.

Vamos então por as mãos na massa :)

Passo 1 – Verificar quais as partições que existem no sistema com o comando seguinte

sudo blkid

Como resultado do comando deve aparecer algo semelhante ao que se segue, em cada sistema vai ser diferente.

/dev/sda1: LABEL="HD1" UUID="34FCDF27FCDEE1E2" TYPE="ntfs"
/dev/sda5: UUID="eab41d57-98a3-4bb2-a546-b7ba94cd61df" TYPE="swap"

/dev/sda6: UUID="e8e70098-fb2f-42a6-8f61-e72b745b556d" TYPE="ext4" 

Passo 2 – Vamos criar a directoria onde será montada a partição, o chamado ponto de montagem (mount point), para isso introduz-se o seguinte comando

sudo mkdir /media/HD1

Passo 3 – De forma a que o procedimento seja automático, isto é, quando o sistema é iniciado as partições são montada, vamos editar com um editor de texto (ex. Pico) o ficheiro fstab, que se encontra no directório /etc e adicionar uma ou mais linhas a esse ficheiro, conforme o nº de partições que se deseja ter.

sudo pico /etc/fstab

Depois vamos para o final do ficheiro e vamos adicionar a linha seguinte:


Deve colocar-se tantas linhas quantas as partições que se pretende montar. (Ter em atenção que os UUID tem de ser diferentes e os directórios também!)

Passo 4 – Para finalizar e sem ser necessário reiniciar a máquina para ver o resultado desta operação basta introduzir o seguinte comando

sudo mount -a

Apartir de agora sempre que se iniciar o sistema já não é preciso ir montar a partição manualmente!

E pronto está terminado mais um  passo-a-passo, desta vez sobre como montar automáticamente uma partição NTFS no Lnux.

Espero que este passo-a-passo possa ser útil!

Até à próxima :)

sexta-feira, 21 de junho de 2013


Após o último passo-a-passo, em que demonstrei como se pode criar uma pen live USB, hoje vou mostrar o processo de instalação propriamente dito.

A distribuição que vou usar para fazer esta demonstração é o Linux Mint 15 com a interface Cinnamon, no final deste processo deixo os links de onde podem ser feito o download, quer da versão a 32 bits como a versão a 64 bits.

Antes de começar o processo de instalação, vou apresentar o Linux Mint.
O Mint até agora era uma distribuição baseada somente no Ubuntu, mas recentemente lançou uma versão que é baseada em Debian puro, sendo que, pode dizer-se que o Debian é a base do Ubuntu. 
A Mint está disponível oficialmente com duas interfaces gráficas, a MATE, que mais não é do que a continuação da Gnome 2 e com a Cinnamon, que é uma interface que está a ser desenvolvida de raiz pelos criadores do Mint, mas até ao momento ainda se baseia em alguns aspectos na Gnome 2 , sendo que está previsto que o Linux Mint 16, a próxima versão da distribuição, passe a ser uma interface completamente independente da Gnome 2. Existe também uma versão, não suportada pelos programadores do Mint com a interface KDE, apesar de eu achar que o KDE é a melhor interface gráfica para Linux, considero que pode também ser um pouco complexa de utilizar à primeira vista, mas o facto é que quando se experimente não se quer outra coisa :)
Segundo o site distrowatch, a Mint é a distribuição mais descarregada actualmente. O que faz desta distribuição tão popular é o facto de já vir com muito daquele software que é mesmo preciso ter instalado (ex: java, flash, codecs, etc..) poupando assim algum tempo. Para mim o que a torna uma grande distribuição é a sua estabilidade, rapidez e sobretudo o facto de apresentar muito poucos bugs.
Eu escolhi esta distribuição para fazer este passo-a-passo, porque considero que é a melhor distribuição para quem está a dar os primeiros passos neste maravilhoso mundo do Linux.
A versão que vamos instalar é a versão a 64 bits com a interface Cinnamon, a seguir à KDE esta é a interface que mais gosto.

Vamos então por as mãos na massa :)

NOTA: De referir que este passo-a-passo, assume que foram seguidos os dois últimos artigos deste blog, por isso o particionamento e a criação da pen live USB, não serão referidos.

Em primeiro lugar  colocamos a pen  numa da entrada USB do nosso PC e em seguida o que temos de fazer é ir à BIOS e por a máquina a arrancar pela nossa pen, para isso normalmente quando se liga a máquina clica-se na tecla F2, se for num portátil, ou Delete caso seja numa torre. Em seguida temos de navegar no menu da BIOS até a opção que diz Boot, deve surgir uma lista com a ordem pela qual o arranque do sistema é feito, temos em seguida de por em primeiro lugar a nossa pen USB, guardamos a configuração e reiniciamos a máquina. Dada diversidade das BIOS existentes, optei por não mostrar nenhum screenshot da minha BIOS porque pode induzir-vos em erro.

Após a máquina reiniciar e arrancar pela pen, vai aparecer-nos um pequeno menu e vamos escolher Start Linux Mint. Após iniciar deve aparecer algo semelhante à próxima imagem.
  
Para instalar o Mint, vamos clicar duas vez com o botão esquerdo do rato onde diz Install Linux Mint.
 

A primeira janela que surge é para escolhermos o idioma com que queremos instalar o nosso sistema, no caso escolhi inglês, mas podemos escolher português. Depois de escolher o idioma, clicamos em Continue.


Nesta janela, é verificado se temos espaço suficiente em disco, se estamos ligados a uma fonte de corrente ( é altamente recomendável, caso estejamos a instalar num portátil, que tenhamos o portátil ligado a uma tomada) e se estamos ligados à Internet, este último aspecto só é essencial se pretendermos instalar as actualizações de imediato, podemos fazer isso mais tarde. Clicamos em Continue.


Ora bem, os próximos passos são muito sensíveis, porque podemos efectuar danos sérios se não escolhermos a partição correta para instalar o Linux, logo teremos de fazer tudo com calma e atenção, para não haver desastres !!
Vamos assinalar a opção Something else e clicamos em Continue


De seguida aparece uma lista com todas as partições que temos na nossa máquina.
Escolhemos a partição onde queremos instalar o Linux, neste caso vamos usar os free space, e clicamos com o rato no botão "+".


Nesta janela vamos definir, o tamanho da partição (rectângulo laranja), o tipo de formatação da partição (rectângulo azul) e o mount point (rectângulo vermelho), escolhemos as opções tal como mostra a imagem e clicamos OK e depois Install Now.


Na janela seguinte definimos o fuso horário e clicamos em Continue.


Em seguida escolhemos a configuração do teclado.



Depois configuramos as credenciais de utilizador, convém lembrar que deve escolher passwords robustas, que contenham letras minúsculas e maiúsculas, números e caracteres especiais e que no mínimo deve ter 8 caracteres.


O processo de instalação demora alguns minutos.


Quando termina o processo de instalação, aparece a seguinte caixa que nos pergunta de queremos continuar a experimentar o Mint ou se queremos reiniciar a máquina. No meu caso eu fiz Restart Now.


E pronto está terminada uma serie de passo-a-passos que ensina como instalar uma distribuição Linux sem danificar a instalação do Windows.

Links para fazer o download do Linux Mint 15:


Espero que este passo-a-passo possa ser útil!

Até à próxima :)

segunda-feira, 17 de junho de 2013


Após o último passo-a-passo, sobre como criar uma partição utilizando o espaço livre na partição do Windows, hoje vou explicar como se pode instalar o Linux sem necessidade de "queimar" um CD/DVD, utilizando uma Pen USB.
Para fazer isso, vamos utilizar um programa que permite tornar a nossa pen numa pen live USB, basicamente é uma pen para onde foi gravada a .ISO da distribuição que escolhemos. O programa que vou utilizar chama-se UnetBootin, este software está disponível para as plataformas Windows, Linux e Mac.

NOTA: Antes de realizar este procedimento, guarde toda a informação importante que tenha na pen, porque a pen será formatada!

Vamos então por as mãos na massa :)

A primeira coisa que temos de fazer é ir à página do UnetBootin e fazer o download do programa.
Quando terminar o download, verá que o ficheiro tem extensão .exe, sendo por isso um ficheiro executável que não é necessário instalar para executá-lo. Vamos clicar duas vezes com o botão esquerdo do rato em cima do ficheiro.
Como resultado dessa acção, vai aparecer uma janela igual à que aparece na imagem.


De seguida vamos assinalar onde diz imagem de disco e verificamos de a opção ISO esta escolhida. Também poderemos utilizar a outra opcção, mas muitas vezes a lista de distribuições não está actualizada.
De seguida vamos carregar no botão que tem 3 pontinhos e vamos indicar o caminho onde esta a imagem .ISO do sistema que queremos instalar.


O passo seguinte é escolher onde vamos instalar a .ISO, isto é, a nossa pen USB. Para isso no tipo de dispositivo escolhemos Disco USB / USB Drive, depois indicamos qual é o dispositivo onde vamos instalar, de referir que as letras atribuídas aos discos varia conforme os sistemas, o melhor para ter a certeza é ir ao Meu Computador e ver qual é a letra que foi atribuída à pen USB.



Depois de termos escolhido tudo correctamente, vamos clicar no botão OK. Irá surgir uma janela de aviso, que nos diz que os dados serão todos eliminados, vamos escolher Yes to All.


O processo demora alguns instantes até ficar concluído...


Após tudo estar concluído, irá surgir uma janela semelhante à seguinte, que nos indica que o processo foi concluído com êxito. Temos duas opções, ou reiniciamos a máquina e iniciamos o processo de instalação do Linux de imediato ou então saímos e fazemos esse processo mais tarde. Para este passo-a-passo, vamos fazer Sair.


E pronto agora já temos mais uma etapa do processo de instalação do Linux lado-a-lado com o Windows completa, falta apenas o processo de instalação propriamente dito.

Espero que este passo-a-passo possa ser útil!

Até à próxima :)

terça-feira, 4 de junho de 2013



Um dos grandes problemas que surgem, para quem quer experimentar uma distribuição Linux na sua máquina é sem dúvida, o que fazer para instalar o Linux quando já temos um sistema Windows instalado, a pergunta mais frequente é:

 "Então mas agora vou ter de  formatar o disco todo e criar duas partições?"

Sim é verdade que vamos ter de ter duas partições, uma para cada sistema, mas não temos necessariamente de formatar o disco todo, o que é uma mais valia, porque escusamos de  perder tempo a fazer backups de todos os dados relevantes.
Apesar da grande maioria das distribuições, aquando da instalação tenha uma opcção de instalar o sistema Linux "lado a lado" com o Windows, na minha opinião pessoal acho que da forma que vou demonstrar torna o processo um pouco mais simples e palpável.

Basicamente o que vamos fazer é reduzir a partição do Windows, aproveitando algum do espaço livre existente, convém dizer que automaticamente o Windows impõe um limite máximo para essa operação, ou seja, o máximo que poderemos utilizar para a nova partição do espaço livre existente

NOTA: O passos que se seguem apenas foram testados no Windows 7.

Vamos então começar a por as mão na massa :)

Caso tenham o atalho do Computador (Meu Computador) no ambiente de trabalho, basta clicar com o botão direito do rato e escolher Gere / Manage.
Se não tiverem o atalho, vamos ao menu iniciar e do lado direito vamos encontrar o Computador e fazemo o mesmo procedimento com o rato.

De seguida escolhemos Gestão de Disco / Disk Management.
Em seguida escolhemos a partição que vamos reduzir e clicamos em cima dessa partição com o botão direito do rato. Escolhemos depois a opção Shrink Volume / Reduzir Volume.
  

Vamos ter de aguardar um pouco enquanto a partição é analisada.


De seguida vai aparecer uma janela onde vamos escolher o tamanho da nova partição, na imagem a baixo, o rectângulo a vermelho indica o tamanho máximo que poderemos utilizar da partição do Windows e o rectângulo laranja é onde vamos efectivamente indicar o tamanho que queremos.


Vamos ter de esperar mais um pouco enquanto o sistema realiza a operação.

Depois do processo estar completo, verificamos que temos um espaço livre  que corresponde ao valor que indicámos. De referir que a partição ainda não está criada, uma vez que, apenas será criada aquando do processo de instalação do sistema Linux.


 E pronto, agora já não há desculpas para não instalar uma distribuição Linux, porque já o podemos fazer sem destruir a preciosa partição do Windows!!

Espero que este passo-a-passo possa ser útil!!

Até à próxima:)
Olá,

Este blog tem como objectivo principal a divulgação do Linux!

Serão aqui apresentados alguns pequenos exemplos de como se pode configurar / instalar distribuições Linux, assim como, também tentarei fazer algumas apresentações dessas mesmas distribuições, à medida que elas forem lançadas...

Não sou nenhum expert no assunto, mas vou tentar transmitir algum do conhecimento que tenho adquirido ao longo dos 5 anos de utilização que tenho no mundo Linux, quer em termos de utilização com as versões Desktop, quer na óptica da configuração de alguns serviços de rede básicos, utilizando as versões Server do Linux...

Espero que este meu pequeno contributo possa ajudar a comunidade Linux a aumentar, em termos de utilizadores a usar Linux diariamente, mas também que permita mostrar a toda a gente que os sistemas Linux não são nenhum "bicho de 7 cabeças"!


Até breve!